domingo, 18 de setembro de 2011

Quando a boca fala, a mente sara!

Todo mundo tem um binóculo na vida. Que te traz a possibilidade de ser melhor. Hã?   

Era uma vez (por que sempre se começa assim), uma ilha cercada e rodeada de montanhas. Todos utopicamente nasceram ali. Só conheciam uns aos outros e as possibilidades que isto traria no desenrolar dos anos. Até que... (por que sempre tem um "até que" para mudar o rumo das coisas), caiu um binóculo na ilha.
Um binóculo daqueles modernos, que enxergam nitidamente longas distâncias. Foi uma questão de tempo até que a primeira pessoa aprendesse usá-lo e visse, o que a vista antes não podia enxergar. PRONTO! A ilha já não era grande o bastante, aquelas pessoas já não eram tão interessantes e aquela interação não era de longe suficiente.
O binóculo é o que nos faz ver além. Nos obriga a sermos melhores frente a inquietação que o vislumbre dessa possibilidade traz.
Depois que se descobre o binóculo é uma questão de escolha. Ou se atravessa as montanhas, nada até cansar com a probabilidade latente de morrer em busca do que nem se conhece... ou passa-se o resto dos dias inconformado com a vida que lhe resta. Há, é claro, a possibilidade de não olhar pelas lentes. Talvez a mais sensata...
Meu binóculo é uma criatura que viveu perto de mim durante anos e que, apesar da minha relutância em não olhar por ela, tornou-se uma lente tão grande e absoluta que me obrigou a ver além das minhas montanhas.
É ela que me mostra, com a junção do que considero mais pequeno no ser humano – inveja e egoísmo – a melhor parte que há em mim.
Depois que aceitei olhar por ela, percebi como posso ser melhor.
Como posso perdoar... Não erros pequenos, fáceis... Perdoar o que parece imperdoável!
Como posso conhecer meus limites, minhas falhas, minha raiva mais instintiva e como posso vencer tudo isso?
Ter na minha vida um ser humano tão pequeno ainda (no sentido de pouquíssimo evoluído mesmo) me mostra como posso ser melhor. Chama-la de irmã então.. putz!!!
É fácil viver rodeado de pessoas boas, de escolhas certas, de coração tranquilo. Difícil é transpor pessoas más que inquietam nossos corações. Essa pessoa existe para que eu possa saber o quão ruim pode ser o humano para que eu possa valorizar o bom quando vejo e, para que eu possa exercitar continuamente meu perdão..
"Perdoar é não dar o direito de quem causa dor, causar raiva também"

Fonte: http://curandoalma.zip.net/arch2007-12-02_2007-12-08.html (Alma nova)

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